Uma preocupação frequente das mulheres que desejam submeter-se a redução de mamas ou mastopexia (levantamento das mamas) é sobre a capacidade de amamentação após a cirurgia.
Independente da técnica utilizada, sempre ocorrerá, após a cirurgia, alteração no parênquima mamário e nos ductos lactíferos. Mas será que estas alterações irão impedir a amamentação?
Novos estudos sobre o tema mostram resultados de sucesso na amamentação após cirurgia de redução das mamas ou mastopexia variando entre de 45% a 91%.
De acordo com os autores de trabalho científico publicado em 2007 na Plastic and Reconstructive Surgery1, a taxa de sucesso na amamentação após uma cirurgia de redução das mamas ou mastopexia, independente da técnica utilizada, não se altera, se comparado com mulheres que nunca foram submetidas à mamoplastia ou mastopexia.
Os autores1 compararam um grupo de 151 mulheres sem cirurgia nas mamas com um grupo de 164 mulheres submetidas à redução das mamas ou mastopexia, com técnicas cirúrgicas diversas. A taxa de sucesso na amamentação foi de 62% no grupo controle (sem cirurgias nas mamas) e de 64% no grupo de mulheres submetidas a cirurgias mamárias de redução mamária ou mastopexia.
Vale lembrar que o estudo não comparou mulheres submetidas à cirurgia para colocação de implantes mamários isoladamente. Nestes casos, outro estudo comprovou que não há interferência tanto na capacidade de lactação como de amamentação2.
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Referências bibliográficas:
1. Lactational Performance after Breast Reduction with Different Pedicles. Cruz, Norma I.; Korchin, Leo. Plastic and Reconstructive Surgery. 120(1):35-40, July 2007. doi: 10.1097/01.prs.0000263371.37596.49
2. The Perceived Effect of Breastfeeding on Breast Aesthetics: Does It Affect Breastfeeding Success in Women with Breast Augmentation? Cruz, Norma I. Plastic and Reconstructive Surgery. 128(4S):109, October 2011. doi: 10.1097/01.prs.0000406340.39722.e2
Autor do artigo:
– Graduado em Medicina, em 2004, pela Universidade Federal de Mato Grosso dos Sul – UFMS.
– Cirurgião geral, formado pelo programa de residência médica do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul – HRMS.
– Cirurgião plástico, formado pelo programa de residência médica da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
– Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP (www.cirurgiaplastica.org.br)
– Membro da American Society of Plastic Surgeons. (www.plasticsurgery.org)
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